terça-feira, 4 de setembro de 2012

DAF surgiu para alavancar a agricultura familiar


Atualmente, boa parte dos alimentos que vai para a mesa dos brasileiros tem origem no trabalho de agricultores familiares. Podemos chamá-los de colonos, trabalhadores do campo, empresários do meio rural ou agricultores. Independente da denominação são eles os responsáveis por colocar em nossas mesas, sete entre cada dez alimentos que consumimos todos os dias.

Tamanha é a importância dessa classe, que a Cotrimaio criou há dois anos o Departamento da Agricultura Familiar (Daf). Coordenado por Silceu Dalberto, o Daf compreende num espaço físico e econômico da cooperativa, destinados aos associados que operam em regime de economia familiar.

Conforme Silceu, há dois anos, a Cotrimaio não tinha a dimensão que o crescimento do Daf tomaria as proporções que tem tomado e nem como ele se tornaria importante para os associados. “No primeiro momento pensava-se somente em produzir e aproveitar as tecnologias que se tinha naquele momento. Passado os anos, foram realizados alguns seminários com os produtores na questão de produção, para melhorá-la e também focando a gestão da propriedade.

Cadastramos essas pessoas como fornecedoras dos nossos supermercados e abrimos a eles outras possibilidades de comercialização (merenda escolar, por exemplo) e eles, com um trabalho sério, alinhado aos objetivos pessoais e do departamento, venderam em 2011 R$ 2,5 milhões”.

Na avaliação de Silceu, o que os agricultores já venderam dentro da agricultura familiar se deve a produção melhorada e a qualificação deles. “Temos uma expectativa muito grande em um futuro próximo, vender muito mais que o que já foi atingido, pois temos a certeza de que os mercados e as linhas de governo estão abrindo programas de governo, focados para produtos da agricultura familiar que é o caso de exércitos, presídios, hospitais, além da merenda escolar”.

Atualmente o DAF atua em cinco municípios, Três de Maio, São José do Inhacorá, Boa Vista do Buricá, Palmeira das Missões e Pejuçara, com 51 famílias associadas, são comercializadas os mais variados produtos, entre Hortifrutigranjeiros, leite, carne, bolachas, salgados, polpas e geléias, mel, melado e filé de peixe.

A quantidade de produtos e valores até o mês de junho deste ano com o aumento da solicitação dos órgãos representantes da merenda escolar, e consequentemente as instituições de ensino, chegam a 11.000kg de carnes, 6.351kg de filés, aproximadamente 80.000 kg de hortifrutigranjeiros, 150 kg de mel, 100 kg de melado, 600 kg de bolachas, 2.000 kg de leite em pó, 6.000 litros de leite, 400 kg de polpas de suco, salgados assados serão incluídos agora com inclusive a já aprovação das entidades, e produtos de outras cooperativas parceiras, filés, embutidos, derivados de leite, e aves somam 18.000 kg de produtos.

Como planos para o futuro, o coordenador comenta que a intenção é que seja criado em Três de Maio uma central de distribuição de produtos dos integrantes do Daf. “Com isso nós estamos olhando a parte técnica, o que oferecer para o produtor? Hoje temos um técnico agrícola exclusivo pra trabalhar com os produtores da agricultura familiar, o qual visita a propriedade duas vezes por mês, dando toda a assistência técnica. Queremos ampliar isso ainda mais, pois percebemos que uma das dificuldades dos produtores é a mão de obra. Ter a disposição tecnologias melhores, máquinas modernas que auxiliem na propriedade é necessário, mas com pouca mão de obra e sem a qualificação necessária, fica complicado viabilizar certos projetos. Por isso, queremos oferecer tecnologias, qualificação e tornar as pessoas cada vez mais capacitadas para então criarmos uma central”.

Silceu ressalta ainda que o Daf também busca projetos de assistência técnica maior, com mais pessoas disponíveis para poder auxiliar, assim facilitando e agilizando os trabalhos dos agricultores e que as expectativas com relação a esse assunto são muito positivas. “Nós acreditamos muito nos agricultores familiares, nos nossos colonos e sabemos que eles podem crescer muito, sem perder as origens. Podem lucrar mais, ter mais renda e qualidade de vida sem deixar de ser agricultor familiar. É preciso incentivar esses grupos a tornar as propriedades em pequenos negócios. E tenho certeza que, se seguirmos trabalhando unidos e se mais pessoas com capacidade de ajudar, se inserirem nesse projeto, podemos nos tornar referência estadual no setor”, finaliza.

Assessoria de Comunicação

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