segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Semente certificada já é maioria no Brasil

Soja e milho atingem resultados recordes, segundo levantamento da Abrasem; para entidade, soja deve evoluir ainda mais nos próximos anos

A taxa de adoção de sementes certificadas alcançou resultados recordes na última safra, principalmente no caso da soja e do milho – os dois principais cultivos agrícolas do país. Na safra 10/11, eles atingiram 64% e 87% de utilização legal, respectivamente, contra 61% e 83% na safra 08/09. O milho, assim como o sorgo, alcançou o maior índice de sementes certificadas, comparado às outras culturas pesquisadas. Os dados são da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) e constam na edição de 2011 do Anuário de Sementes Abrasem, que acaba de ser publicado.

“O crescimento das taxas de sementes certificadas reflete o reconhecimento dos benefícios trazidos pela semente e pelo uso de tecnologia, pelos agricultores e pelo mercado que, cada vez mais, comprova as vantagens que a utilização dessas sementes traz para as lavouras”, comenta Narciso Barison Neto, presidente da Abrasem. Segundo ele, a previsão para a próxima safra é que o uso de sementes legais de soja chegue aos 70% e se aproxime ainda mais dos resultados do milho.

De acordo com o presidente da entidade, os índices de sementes certificadas do milho estão praticamente superados, e a diferença para atingir os 100% tem relação com a opção do agricultor em usar, mais ou menos, as melhores tecnologias. “Vemos que os produtores estão em busca das técnicas e sementes mais produtivas e que garantem os melhores resultados. A categoria que mais evolui é sempre a biotecnologia”.

“A Abrasem trabalha em prol da agricultura brasileira. Por isso, sempre defendemos que as sementes utilizadas nas lavouras sejam certificadas, pois elas garantem produtividade e sanidade, que refletem em resultados mais positivos”, acredita Barison. Ele destaca que o índice de sementes legais é uma escala crescente, assim como a qualidade das sementes e a conscientização dos agricultores.

Biotecnologia incentiva utilização de sementes legais de algodão

Na safra 2010/11, o crescimento da taxa de utilização de sementes certificadas também se concretizou para o algodão, e o índice de adoção, que era 44% em 2008/09, subiu para 51%. “Vemos que os produtores estão mais conscientes sobre os reais prejuízos das sementes próprias ou ilegais. A grande maioria já consegue perceber que a relação custo-benefício das sementes certificadas é mais positiva”, comenta Cláudio Manoel da Silva, vice-presidente da Abrasem. Ele acredita que, na próxima safra, a tendência é que o índice de utilização do algodão atinja 65%.
Cláudio conta que, também como produtor, percebe que o lançamento de novas tecnologias faz crescer os números de adoção de sementes legais, pois os agricultores notam melhor os benefícios das sementes com certificação. “Com as variedades de algodão transgênicas, por exemplo, não vale a pena produzir sementes próprias, pois temos mais interesse em utilizar as sementes que garantem melhores resultados”, completa.

As informações são da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM).

Nenhum comentário:

Postar um comentário