segunda-feira, 4 de julho de 2011

Trigo tem no frio um aliado

      Para as lavouras de trigo mais adiantadas, o frio tem sido um aliado, uma vez que beneficia um perfilhamento mais intenso e impede, ou atenua, a proliferação de doenças fúngicas. Os produtores têm aproveitado também a umidade presente no solo, que facilita as condições de manejo das lavouras na aplicação de uréia em cobertura. De maneira geral as lavouras apresentam bom desenvolvimento e se encontram livres de pragas e moléstias. Devido à ocorrência de chuvas nas principais regiões produtoras, o plantio da atual safra pouco evoluiu durante a semana. Segundo o Informativo Conjuntural, levantamento semanal sobre as culturas realizado pela Emater/RS-Ascar, o plantio do trigo já alcança 80% da área prevista, o que o coloca dois pontos abaixo da média das últimas cinco safras.
      A canola encontra-se ainda nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo, apresentando bom padrão de lavoura. Os tratos culturais foram suspensos no período, devido ao excesso de chuva. O potencial produtivo das lavouras, pelo nível de tecnologia utilizada na sua implantação, é de colher em média entre 30 e 35 sc/ha.
      A semana apresentou condições meteorológicas das mais diversas com a ocorrência de chuvas, ventos, serrações, temporais, geadas, neve e altíssima umidade do ar, que de maneira geral prejudicaram os trabalhos dos produtores de hortigranjeiros, assim como o bom desenvolvimento de algumas culturas em determinadas regiões. As feiras e os mercados já se ressentiram de alguns produtos, com menores ofertas e qualidade em razão das geadas, que prejudicaram as hortaliças folhosas, especialmente as cultivadas a céu aberto. Nos cultivos fechados (estufas), a alta umidade também trouxe preocupação com o aparecimento e controle de doenças. Por outro lado, as frutas de clima temperado, que se apresentam em dormência, foram beneficiadas com as condições de frio.
      A batata-doce está em plena colheita, com aproximadamente 25% desta concluída. A área plantada no município de Barra do Ribeiro corresponde a 380 ha, com uma produtividade média de 14 t/ha. Entre as variedades plantadas estão as de casca branca, com destaque para a Americana, Catarina e a Curitibana, e as de cor rosa ou roxa, destacando a Abóbora, Pé-de-Galinha e Biazi. O produto é de boa qualidade, tanto no aspecto visual como no sabor, e o valor médio recebido pelo produtor na semana que passou foi de R$10,00/cx de 20kg.
      As condições climáticas também têm sido altamente benéficas para a fruticultura na região Central do Estado, principalmente para as cítricas, com melhoa da cor e do sabor. A laranja variedade Valencia, com a maior área plantada, está com frutos entrando em maturação. Houve redução na produção, pela ocorrência da podridão floral em pomares sem tratamento fitossanitário.
      De maneira geral, os animais apresentam boas condições físicas e sanitárias. O preço dos animais terminados está em alta, e quem dispõe de produto diferenciado, tanto em qualidade como em quantidade, consegue melhores preços no mercado. No momento ainda é baixa a oferta de animais terminados em pastagens artificiais, como aveia e azevém, especialmente as que foram cultivadas sobre a resteva das lavouras de soja nas regiões do planalto riograndense.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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