quinta-feira, 14 de julho de 2011

Semestre foi negativo para máquinas agrícolas

Por mais um mês, desde o início do ano, o setor de máquinas agrícolas encerra com variações negativas na produção e vendas internas, fechando o primeiro semestre do ano com resultados fracos em relação a 2010, conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea.
As vendas internas de máquinas agrícolas nacionais caíram 7,8% no acumulado de janeiro a junho comparativamente ao mesmo período do ano passado. Em relação ao mês de junho de 2010 foram 8,5% menores. Os tratores de rodas contribuíram para este resultado com queda de 8,7% neste semestre.
A produção nacional também registrou queda de 7,2% no semestre com destaque para cultivadores motorizados e tratores de rodas.
As exportações totais cresceram 5,3% no semestre, puxadas pelas exportações de tratores de esteiras e colheitadeiras. No entanto, em relação ao mês anterior mostram trajetória decrescente, sendo 2% inferior.
Ainda que o melhor cenário de preços dos produtos agrícolas possa ser considerado como motivador para novas aquisições de máquinas, condições de crédito menos favoráveis são apontadas como o principal motivo do resultado ruim das vendas.
Houve aumento dos juros do Programa BNDES PSI neste ano. No início do Programa BNDES - PSI a taxa de juros era 4,5% ao ano. Passou a variar de 5,5% (para pequenos e médios produtores) a 7,5%. Atualmente a taxa para pequenos e médios produtores é de 6,5% podendo chegar até 8,7%, com vigência até dezembro deste ano.
Aliado a isso, a menor demanda do Pronaf Mais Alimentos podem ser apontados como a principal causa de redução nas vendas. Parte da indústria não espera um aumento na demanda porque acredita que a necessidade já foi suprida em 2010, ano que foi considerado o de melhor desempenho nas vendas desde 1967.
Vale lembrar que desde o começo do ano a Argentina impõe barreiras a exportação de produtos brasileiros. Nos últimos anos a compra de máquinas agrícolas por parte da Argentina era em média 5,2 mil máquinas por ano representando pelo menos 8% das vendas brasileiras. Fabricantes como New Holland e Stara já anunciaram que desejam transferir parte da produção de máquinas agrícolas para Argentina.
As informações são de Tânia Moreira, economista da FAEP.
Agrolink

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