terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cabanha Poejo investe em tecnologia para garantir a qualidade do rebanho



Apostando na melhora da qualidade do rebanho, Rony Rohde, proprietário da Cabanha Poejo, de Formigueiro, Rio Grande do Sul, tem investido nos mais sofisticados equipamentos para a coleta de leite, garantindo a sanidade animal e a diminuição dos custos de ordenha das 80 vacas produtoras em sua propriedade.
Com um investimento de R$ 25 mil, incrementou os seis conjuntos para ordenha que já possuía com um sistema eletrônico que lhe permite acompanhar os dados físicos das fêmeas ordenhadas como, por exemplo, sua temperatura e a vazão do seu leite. "Com um sensor (Gimenez), consigo saber se elas têm febre, antecipando infecções como a mastite", explica. A vantagem é evitar gastos com medicação provocados pela evolução das doenças, garantindo, assim, produção e rentabilidade constante. O incremento ainda proporcionou a redução no número de funcionários e no tempo de ordenha, que baixou 30 minutos.
Com esses novos equipamentos, a Cabanha Poejo entrou para o seleto grupo de 30% dos produtores gaúchos que cumprem as normas da Instrução Normativa (IN) 51 do Ministério da Agricultura. As determinações, em vigência desde 2005, regulamentam a produção, a identidade e a qualidade do leite tipo A, B, C, do pasteurizado e do cru refrigerado, além de reger a coleta e o transporte da bebida.
Cabanha Poejo - O informativo Voz do Produtor foi conhecer esse modelo de propriedade rural, em Formigueiro. E quem nos apresentou foi o próprio proprietário, Rony Rohde.  Trabalhando principalmente com vacas holandesas, Rohde atua neste segmento leiteiro há mais de 20 anos. Primeiramente ele nos apresenta o Galpão de alimentação tipo corredor central. “Por este corredor o trator passa distribuindo a alimentação de um lado e volta distribuindo do outro. As vacas na hora da alimentação vão entrando cada uma em seu espaço e vão se trancando para não comerem mais do que deveriam”.
A alimentação dos animais, quando confinados, é à base de cevada molhada, que é resíduo das cervejarias. No entanto, durante o dia elas se alimentam de pasto e na hora da ordenha com uma pequena quantia de ração.
CABANHA POEJO
Quando preparados para exposições, Rohde destaca que os animais desde pequenos são tratados de uma forma diferenciada. “Não podemos colocar gordura para não prejudicar a úbere e tem que ter o maior desenvolvimento possível para concorrer na categoria dela”.
Todos os animais que nascem na Cabanha têm um acompanhamento especial, segundo nos informa o proprietário. Logo ao nascer, o bezerro tem que fazer a primeira mamada em até quatro horas, aproveitando assim todo o poder do colostro. Após a primeira mamada, os animais são retirados de perto da mãe e são criados individualmente, tendo como base da alimentação leite duas vezes ao dia e ração à vontade.  Em média os bezerros ficam 90 dias confinados. Após esse período, são soltos no campo.
Irrigação das pastagens – Em decorrência dos problemas enfrentados pela falta de chuva na época do verão, a Cabanha Poejo investiu recentemente em pivôs de irrigação. Um deles é rebocável e atinge 3,3 hectares por ponto onde ele é colocado. O outro pivô é para 20 hectares, mas esse é fixo.
Esse investimento foi feito para que em tempos de seca não seja necessário comprar alimentos para os animais e os prejuízos causados pela estiagem sejam quase nulos. Segundo Rohde, uma estiagem pode causar cerca de um ano de prejuízos, pois além de prejudicar a quantidade de leite produzida pelo animal, causa problemas na parte de reprodução.
A compra de equipamentos de irrigação facilitaram a vida do produtor em tempos de efeito La Niña, quando diminuem as chuvas e aumentam o período de seca.
                                                                                               
Medidores de leite eletrônico – Mesmo não tendo um retorno em curto prazo como o processo de irrigação, Rohde considera o investimento em medidores de leite eletrônico um aperfeiçoamento, um aprimoramento na atividade leiteira. “O equipamento não só mede a produção que a vaca está tendo, mas diz também o tempo que ela levou para produzir, a temperatura da vaca, se ela tem mamite ou febre, e também quando secam as tetas, a teteira corta o vácuo e extrai automaticamente o equipamento. São esses equipamentos que facilitaram um pouco a vida na Cabanha e ajudaram a Poejo ser um modelo de fazenda produtora de leite. 
Cabanha Poejo
250 fêmeas (dessas, 80 são para lactação, 20 estão prenhas e 32 são terneiras).
Produção diária de leite: 1900 litros
De 3 a 4 terneiros machos são criados por ano
4 funcionários
1 Médico Veterinário (responsável)

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